"ZigZag ao pé coxinho"
Que venham das montanhas e da ribalta engraxar os sapatos dos pestilentos e fazer vénias ao nicles. Hoje todas as camisas serão bem engomadas! O nicles é um lugar seguro e aqui ninguém arrisca numa ciência desconhecida. Preferimos ficar seguros até que o bolor nos coma. Lá, ao longe, os cavalos relincham. O último comboio sai dentro de pouco tempo e eles sabem melhor que ninguém o que isso significa. Se cuspirmos para o ar devemos ter cuidado pois não sabemos bem onde cai. "No melhor pano cai a mancha!" Se morresse alguém não seria de fome! "Ti-Nó-Ni !" gritava o mais que podia atrás da ambulância, depois fiquei com a boca seca. A barriga relincha de reconhecimento. Limpei as beiças e chamei o empregado com um assobio curto e agudo. Articular difícil frases então era que reparei pouco durante. O senhor de cabeça amarela entra no café (estávamos no café? já não me recordo) tinha cabelo apenas dos lados, mas do lado direito o cabelo estava mais comprido e penteava-o para a esquerda sobre a sua brilhante careca amarela. Paguei (péssimo hábito) e saí. Meio da tarde, no parque da Curia, empanturrado de leitão e vinho verde e com ganas de subir a uma árvore (esta parte é verídica! juro!). Pé aqui... mão ali... subiu-se! O apito do guarda não tardou a fazer-se ouvir. - "Não sabe que é proibido subir às árvores? Pode cair! Vou ter de lhe aplicar o procedimento!" Dito isto abateu a árvore à machadada forçando-me a saltar para outra. Ao guarda tanto lhe fazia abater uma, duas ou mil. Saltei para o chão antes da machadada final. - "Vê que bem que se está cá em baixo! Poderia ter-se aleijado!" - "Tem toda a razão shô guarda! Toda a razão". Amanhã vou tirar o dia para o coração reaprender o ritmo antigo: Pum-pum ou tic-tac. Tanto se me faz como se me fez. Hoje com tanto zumbido de olhos castanhos só consigo arritmia. E com arritmia, o almoço nunca cai tão bem. Glu Glu Sr Peru! Força na venta, coragem no cu!
Quis o destino que visses como te enganavam. Desculpa. Corrijo-me. Quis o destino que visses como te enganavas. Desculpa. Corrijo-me. Quis o destino que visses como nos enganamos. Desculpa. Corrijo-me. Quis o destino. Eu não quis.
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