já esqueci como.
recordo em intervalos
ar feito de alcatrão
delimitados em gaiolas
a interminável fome
o chilrrear sufocado
hoje abrem-se os braços
rodopia-se à chuva
ama-se na areia
amanhã
do outro lado da ampulheta
já nada existe
escoamos
assim somos iguais.
também eu
permaneço
preso dentro de mim
18/11/09
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