"fim de tarde"
os candeeiros
acordam
o relógio derrete sobre a pele do rio
e os pássaros
o relógio derrete sobre a pele do rio
e os pássaros
tropeçam no silêncio
no entardecer
desfaz-se o nome das ruas
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"repetição"
tentamos
justificar a repetição.
promessas não enchem bolsos.
o café já não funciona.
as máquinas estão cheias de ferrugem
apaga-me
um pouco mais
o nome.
tiro o lápis da boca,
desenho a saída no chão